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Morre Arlindo Cruz, ícone do samba, aos 66 anos no Rio

  • Foto do escritor: Conexão Verdade
    Conexão Verdade
  • 9 de ago.
  • 2 min de leitura

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O samba perdeu uma de suas vozes mais marcantes nesta sexta-feira (8). Arlindo Cruz, cantor, compositor e instrumentista consagrado, morreu aos 66 anos, no Rio de Janeiro. A informação foi confirmada por sua esposa, Babi Cruz.


Arlindo enfrentava complicações de saúde desde março de 2017, quando sofreu um acidente vascular cerebral hemorrágico em casa. O episódio o deixou quase um ano e meio internado e, desde então, ele conviveu com sequelas e passou por diversas internações. Longe dos palcos, manteve-se como referência e inspiração para o gênero que ajudou a eternizar.


Nascido em 14 de setembro de 1958, no Rio, Arlindo Domingos da Cruz Filho se destacou não apenas como cantor, mas também como exímio tocador de cavaquinho e banjo — paixão que começou cedo, ao ganhar seu primeiro cavaquinho aos sete anos. Autodidata, aprendeu a tocar violão com o irmão, Acyr Marques, e aprimorou seus conhecimentos na escola Flor do Méier, onde estudou teoria musical e violão clássico.


Ainda jovem, recebeu incentivo de Candeia, considerado seu “padrinho musical”. Ao lado do mestre, fez suas primeiras gravações e participou do álbum Roda de Samba. Mais tarde, frequentou a mítica roda do Cacique de Ramos, onde se aproximou de Jorge Aragão, Beth Carvalho, Almir Guineto, Sombrinha e Zeca Pagodinho — parcerias que marcariam toda a sua trajetória.


Aos poucos, suas composições começaram a ganhar destaque, com sucessos gravados por nomes como Alcione e Beth Carvalho. Em seguida, Arlindo viveu uma das fases mais emblemáticas de sua carreira ao integrar, por 12 anos, o grupo Fundo de Quintal, onde emplacou músicas como “Seja Sambista Também” e “O Mapa da Mina”.

Com mais de 550 sambas gravados por diversos intérpretes, Arlindo também deixou sua marca no carnaval carioca, especialmente no Império Serrano, sua escola de coração, pela qual venceu diversas disputas de samba-enredo. Em 2023, foi homenageado como enredo da agremiação.


Na carreira solo, lançou trabalhos de grande repercussão, como os DVDs Arlindo Cruz MTV Ao Vivo (2009) e Batuques do Meu Lugar (2012), com participações de artistas como Alcione, Caetano Veloso e Zeca Pagodinho.


Flamenguista apaixonado, Arlindo fez uma de suas últimas aparições na televisão no programa “É Gol!!!”, da SporTV, no início de 2017, pouco antes do AVC.


Figura generosa, compositor prolífico e presença marcante no palco, Arlindo Cruz deixa um legado que transcende gerações, eternizando-se na história do samba brasileiro.

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