Processo que investiga fraude eleitoral em Mangaratiba aguarda decisão judicial

Nas eleições de 2024, a imprensa revelou um esquema de transferência de eleitores de outros municípios para favorecer o atual prefeito

O processo que investiga suspeita de fraude nas eleições municipais de 2024 em Mangaratiba, na Costa Verde, aguarda decisão judicial. A ação está na 54ª Zona Eleitoral de Mangaratiba e foi encaminhado para o juiz Richard Robert Fairclough nessa segunda-feira (1/12) para que ele se decida sobre o mérito da questão.

Logo após o pleito, o candidato derrotado Aarão de Moura Brito (PP-RJ) denunciou seus opositores Luiz Cláudio Ribeiro (REP-RJ) e Lucas da Silva Venito (PL-RJ), eleitos prefeito e vice-prefeito, respectivamente, por meio de uma ação de investigação judicial eleitoral (AIJE), por supostos abusos de poder político e econômico.

O caso foi divulgado em primeira mão pelo Fantástico, da TV Globo, que revelou um suposto esquema de aliciamento de eleitores e compra de votos, por meio de alistamento de pessoas de outros municípios para votarem em Mangaratiba. Havia até grupo de WhatsApp para isso. Ironicamente, a situação saiu do controle, porque ficou nítido que o número de votantes, 46.874, era muito superior ao de moradores, 41.220

Na época de cadastramento perante a Justiça Eleitoral, as longas filas chamaram a atenção da promotora eleitoral Débora de Souza Becker Lima, que havia flagrado do alto da janela de seu gabinete um funcionário do fórum negociando compra de votos. Ele foi preso em flagrante.

Em 2024, quando a denúncia foi protocolizada perante a Justiça Eleitoral, Aarão Brito tinha requerido a suspensão da diplomação de prefeito e vice-prefeito até que o tema fosse julgado. Contudo, já se passou um ano desde então. No próximo dia 1º de janeiro, os candidatos supostamente favorecidos nessa maracutaia completam um ano no cargo.